Este texto sobre Economia Social e Terceiro Sector é consequência e exercício reflexivo, sustentado em vivências como animador de processos de desenvolvimento local, na participação e discussão em grupos de trabalho e ainda da necessária leitura. É, em si, um exercício de aprendizagem, de actividade construtiva a partir de experiências reflectidas e de múltiplas interacções com pessoas mais capazes. Escrevendo, agudiza-se a reflexão e processa-se uma organização interna que, para um animador, poderá (?) contribuir para uma melhor intervenção e compreensão dos processos onde a Economia Social (e Solidária), emerge ou se pode fazer emergir.
Assim neste trabalho, gostaria de perceber se falamos do mesmo quando empregamos a designação “Terceiro Sector”, “Economia Social”, Economia Solidária” ou melhor, “Economia Social e Solidária”.
Se o “social” está na agenda da actualidade, se as grandes empresas introduzem nas suas estratégias conceitos como responsabilidade social e responsabilidade ambiental (negócio e biodiversidade), será que estamos na presença de uma preocupação baseada em valores humanos, éticos e de desenvolvimento sustentável? Ou será que as empresas tendem a encontrar formas de responder às exigências dos consumidores, cada vez mais esclarecidos, e se modelam ao mercado num esforço de constante inovação, continuando com a sua visão de lucro, rentabilidade, eficácia produtiva, criando novas necessidades de consumo ou impondo o seu crescimento exponencial?
O que representa este apelo ao social, esta entrada numa área que, durante muito tempo, foi espaço e experiência alternativas?
Esta aproximação ao social terá alterado o conceito de Trabalho/Emprego como expressão de actividade e realização humanas, dando um novo sentido ao conceito Trabalho, ultrapassando a ideia de simples factor de produção de bens, nem sempre necessários ou úteis
Apesar desta aproximação, irá a Economia continuar como o supremo princípio e fim de toda a actividade produtiva, acentuando a conflitualidade com o Homem e com o Ambiente, associando o acto produtivo a uma relação de destruição “…que se manifesta sob a forma de atentados aos seres vivos, quer se trate do Homem (fadiga, stress, acidentes de trabalho, desemprego, pobreza, exclusão) ou da Biosfera (retiradas maciças, poluições contínuas e acidentais)” – Maréchal, 1999: p. 178)?
Poderemos simplesmente compreender o Terceiro Sector na pura acepção do conceito, ou seja como o Terceiro, porque existem outros dois: o Público e o Privado?
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